22 de abril de 2012


             Obs: contem spoiler! Pra quem quiser ler "Cheio de Charme"


         " [...] 
            Mas, em vez da típica promessa solene de cuidar da irmã, Daisy disse baixinho: - Mãe, não vou estar sempre por perto para cuidar da Verity. Ela precisa aprender a fazer isso sozinha.
            Marnie ficou sem palavras. Olhou para Daisy e pensou: Você tem seis anos. O que terá acontecido com a inocência infantil? A convicção de que o mundo era um lugar seguro? Mas compreendia como eram as coisas para Daisy. Tentando impedir a dor de Verity, tentando senti-la pela outra. Era responsabilidade demais.
            E era, mais uma vez, sua história com Grace.
            Daisy suspirou novamente, um suspiro longo, de adulto. - Vou fazer o que puder, mamãe, mas nem sempre vou estar por perto. 
            - Tudo bem, meu anjo, tudo bem. Não precisa se preocupar.
            Puxou Daisy para perto de si. Agora atribuía a si não somente a ansiedade permanente de Verity, mas a culpa e o ressentimento de Daisy.
            Como protegê-las da dor de viver? 
            - Mãe, você está me machucando.
            - Estou? Desculpa. Desculpa, desculpa, desculpa. 
            Olhou para os olhos castanho-escuros de Daisy e pensou: Te amo tanto que me contorço de agonia. Te amo tanto que quase desejaria que você não tivesse nascido. Nem uma nem outra. Vocês estariam melhor mortas. "

                                                                       Cheio de Charme - Marian Keys
                                                                    Pág 238 / Marnie
       

           Gente, tenho que explicar isso.
           Esse livro conta a história de quatro mulheres, cada uma com uma história de vida diferente, profissões diferentes, personalidades diferentes, mas com uma pessoa em comum: Paddy de Courcy. Resumindo, eu ainda não li a história de todas, só de duas, terminando a terceira, que é essa, Marnie. Marnie é muito insegura consigo mesma, muito mesmo, sempre quis ser a "esposa ideal", e acha que tudo que ela fez de errado é por que ela não tem a "capacidade" de fazer certo. Enfim, soltando um spoilerzão, pra quem quiser ler o livro, tenho quase certeza de que o marido bate nela, e ninguém, ninguém mesmo, sabe.
           Agora, imagine, você é uma mulher insegura, com duas filhas pequenas que você deve proteger, seu emprego está indo por água abaixo, seu marido é estressado e a renda de vocês está sofrendo um pequeno buraco, além de que todas as sei lá quantas terapias que você faz não dão certo, por sua culpa, é claro, você é complicada demais, por isso ninguém consegue resolver. Sem esquecer de que seu marido é enorme, você é pequena e magra, e que ele bate em você quando está estressado demais.  
           Eu fiquei um bom tempo olhando pra essa página no livro, por que me impressionou bastante, eu não esperava isso. Mas entendi o lado dela, o lado mãe dela, que ama suas filhas mais do que tudo. Tirando esse finalzinho, que me impressionou bastante, não sei se é pra tanto. Acho que é um pouco daquela parte dela, que está envolvida com a falta de "capacidade", ela tem essa coisa às vezes, de achar que é maluca, mas ela só precisa de amigos e de alguém para que possa desabafar, creio eu.
           Eu quase tirei a última frase. Quase mesmo. Eu acho que é como uma daquelas coisas que não devemos dizer, como coisas que a gente lê e deve continuar no papel, sabe? Mas coloquei por que se não vocês não entenderiam do que eu estava falando, não iria ter uma compreensão total, até mesmo se eu explicasse.
           Espero que tenham entendido o que eu quis dizer.
           Beijo ;**

   
   Ela se sente tão... atrapalhada perto de você.
   Perto de você sua mente fica em branco.
   Fica constrangida sem nenhum motivo aparente. 
   Não consegue olhar para o seu rosto, para os seus olhos. 
   Sente como se suas pernas fossem dois pólos iguais, cada uma querendo ir para um lado, fazendo-a sentir como se não houvesse chão abaixo dos pés. 
   Começa a falar sem parar, e nada do que fala faz sentido. 
   Seu tom de voz aumenta, fica meio esganiçado e ela olha pra qualquer lugar que não seja você
   É tudo tão estranho, ela nunca tinha se sentido assim antes. Nunca, só de ouvir o nome de alguém, só de ver seu nome escrito tinha ficado com o coração disparado, com tremedeira nas mãos e com a concentração no espaço. 
   Ela nunca tinha se sentido tão bem ao ir dormir no Domingo, sabendo que veria você na Segunda.

6 de abril de 2012

Orgulho e Preconceito *---*


Adoro essa cena no filme *.*

Garota (im)perfeita


Abro a porta de casa e minha mãe já me avisa que tem espelho novo no meu quarto, ansiosa corro escada acima. Chocada, as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Quem é essa garota que tem sua imagem refletida pelo espelho? Onde foram parar os óculos? O cabelo ondulado ou armado por assim dizer. A nova garota usa lentes, cabelos macios e um sorriso capaz de desarmar uma bomba. Quem é você que invadiu a minha vida e o meu quarto? O novo eu grita por dentro e me mostra que eu passei por grandes mudanças, mas continuo a mesma garota (im)perfeita de sempre.  
beeijos ;*

OBS: esta postagem é do blog Sweet Girl, me identifiquei muuito gente! Exceto por alguns detalhes :B Recomendo esse blog, gostei bastante. Pra quem gosta de livros, filmes, resenhas, opiniões e aqueles posts que todo blog pessoal tem, que toda garota passa. É isso.

Bejim ;*

Sou cheia de altos e baixos. De bons e maus humores. Dias bons e dias ruins.


  
Estou decidida a ser quem eu sou. 
  O que eu quero. O que eu desejo.
  O meu eu naquele momento; ou não
Estou decidida a agradar a mim mesma.
Por que às vezes é necessário. 
Sabe, cansei de tentar agradar tanto a todos, de me preocupar com o que o outro ia pensar.
Ainda me preocupo, mas me preocupo menos.
Por que percebi, não que não valha a pena. 
Por que uma coisa na qual acredito é que não devemos desistir das pessoas.
É que às vezes, quando nos importamos com uma pessoa importante para nós e ela utiliza aquela preocupação à parte em benefício próprio, isso magoa. E muito. 
Sabe, é feio isso. 
Eu não me sentiria assim se fosse qualquer outra pessoa. 
Mas tudo bem, isso acontece, isso a gente contorna.
E quem sabe não é só um momento. Aquele momento, que vem para nos mostrar alguma coisa e logo se esvai, deixando um aprendizado, uma pessoa mais forte e de certa forma mais sábia. 
É isso.